No Jardim Das Rosas - Capítulo 15
— Você parece cansado hoje…
— É que dormi pouco à noite.
Diante da preocupação do namorado, Klopp disse que não era grande coisa. Não era mentira, na verdade. O que importa se eu não conseguir dormir por um ou dois dias? Acontece com a maioria dos adultos de vez em quando. No entanto, este maravilhoso ômega, que era muito sensível aos outros, não parecia se sentir assim.
Rafiel continuou olhando para a tez de Klopp, incomodado.
— Eu realmente estou bem. — repetiu, enfatizando.
Então, sem dizer uma palavra, Rafiel gentilmente apertou a ponta da mão dele na dele. A pequena ação foi tão fofa, que Klopp riu. Então, fingindo desviar o olhar, inclinou-se um pouco para trás e segurou as mãos do ômega.
— Ei, se outras pessoas virem…
Ele ouviu a voz envergonhada vindo de trás, mas fingiu não notar.
— Está ali.
Eles se dirigiram para o encontro marcado em um restaurante incrivelmente chique do outro lado da rua. Não estava lotado, mas havia alguns olhares curiosos que observavam o jeito como o casal andava de mãos dadas mesmo em plena luz do dia.
Os tempos estavam mudando vagarosamente, mas muitos adultos, especialmente entre a aristocracia, continuavam a considerar promíscuo o simples ato de andar de mãos dadas em lugares públicos. No entanto, os jovens sempre tiveram a tendência de se rebelarem contra o antigo sistema, e esse casal de jovens não pareciam ser exceção à regra. Klopp queria colocar essa pequena rebeldia em prática e, mesmo sem olhar, ele sabia que o rosto de Rafiel estava pegando fogo. O ômega provavelmente não sabia como reagir aos olhos que o observavam, mas também não evitou a mão do namorado.
— Não estamos andando muito rápido?
— Eu tenho algo para te dizer.
Atravessando a rua, Klopp apertou aquela mão quente com um pouco mais de força. Os passos do alfa, segurando a mão do belo ômega e seguindo para o restaurante de alta classe, demonstrara certa irritabilidade. Não que ele não estivesse empolgado, mas ultimamente ele se sentia culpado por não ser fiel a Rafiel. Embora nada “físico” tenha acontecido com Arok, mas ele não gostou do fato de sua cabeça estar divagando sobre outra pessoa o tempo todo. Após o pesadelo que teve ontem, Klopp decidiu que a melhor forma de se livrar de toda sua frustração era se casar com Rafiel o quanto antes.
Ao entrar no restaurante, Klopp se apresentou ao gerente, que os direcionou ao lugar reservado com antecedência. Como programado de antemão, se sentaram em uma mesa posta levemente no canto, decorada com um belo biombo* e vasos de plantas que davam uma sensação de privacidade aconchegante. Era o clima perfeito para pôr em prática os planos do alfa.
(* Biombo: separador de ambientes)
— Esse lugar é tão tranquilo… Lindo.
— A comida também é ótima: espere e verá.
Após se acomodarem, foram servidos petiscos acompanhados de uma boa garrafa de vinho. Os dois aproveitaram tranquilamente o correr do encontro, conversando sobre como andava o bem-estar um do outro quando estavam distantes por motivos que não tinham real controle. Rafiel, que não era bom em beber, estava sorrindo enormemente: seu rosto fora tingido pela cor pêssego logo em sua primeira taça. A beleza e charme do jovem foi o suficiente para eliminar o cansaço de Klopp.
O ômega estava tão relaxado que um doce aroma corporal começou a escapar de seu corpo. Talvez ele entrasse no ciclo de calor logo…
Quem sabe, poderiam finalmente dividir os lençóis.
Seria ótimo se o alfa não tivesse mais aqueles olhos azuis tristes invadindo seus pensamentos.
— Klopp…
Um hálito quente saía por entre aqueles lábios tão avermelhados quanto uma bela fruta madura e suculenta o suficiente para ativar seus instintos de alfa. Queria devorá-los naquele mesmo instante, mas infelizmente lhe faltou coragem para beijá-lo em público. Não foi por medo do julgamento público, mas porque não queria ser pego pelo pai de Rafiel. Por sorte, o alfa ainda era paciente quando lhe era exigido.
Klopp cruzou as pernas e cobriu seu colo com um guardanapo. Então, ele tocou a mão de Rafiel junto à mesa, fazendo com que o ômega sorrisse de forma contagiante.
Meu Deus… Se continuar assim, eu vou morrer…
Klopp voltou a mudar de tema, cruzando as pernas em sentido contrário.
— Então, Como foi a semana? Muito agitada?
— Bom… continuo praticando culinária. E, outro dia, enquanto eu estava passando roupa, acabei queimando a peça bem no meio. É um pouco difícil… ainda não aprendi a ajustar bem a temperatura, sabe?
Rafiel começou a falar sobre um ou outro detalhe do dia, enquanto Klopp apenas ouvia. O prato principal logo chegou e os dois discutiram entre risos se valia a pena o preço ou se os valores do local eram apenas por conta de sua reputação e fama.
Ele realmente se sentia confortável quando estava com Rafiel. Não havia aquela “emoção explosiva”, mas não era isso que significava casar-se? Ter estabilidade?
Após Rafiel engolir um bocado do tenro pedaço de carne servido com molho, o ômega comentou:
— Estou falando demais, não é mesmo? E você, como têm estado?
— Tem sido o mesmo de sempre. Me encontro com os clientes, analiso seus delírios ponto a ponto e depois chuto o traseiro deles para guiá-los ao caminho correto. Ah, e sempre acabo tendo de lidar com uma papelada interminável.
— Parece interessante. É por isso que não tem conseguido dormir ultimamente?
— Não… Não se preocupe, isso é algo irrelevante.
Na verdade, ele recordava muito pouco de seu pesadelo e não queria mencioná-lo. Por mais honesto que ele prometesse ser com seu futuro marido, haviam coisas que ele não precisava saber. Sonhos eram apenas sonhos e ele não tinha intenção de deixá-los interferir na realidade. Para ser sincero, eu nem me lembro bem. Tudo o que ele recordava era o cabelo loiro, olhos azuis e que a outra pessoa era um ômega deliciosamente erótico.
Klopp sorriu casualmente e bebeu seu vinho.
— Não há nada com o que se preocupar.
— Eu quero saber mais sobre seu cotidiano. Sabe, devemos discutir sobre muitas coisas no futuro. Você disse que queria que fôssemos honestos entre nós e sempre pede para saber mais sobre mim, mas você nunca fala sobre si mesmo. Isso é injusto.
Foi muito fofo ver que Rafiel parecia ligeiramente desapontado, como se percebesse que Klopp estava tentando mudar de assunto de propósito.
— É só… Que o que acontece comigo não tem graça.
— Qualquer coisa que o senhor Klopp faz é divertido.
— Se você diz…
Olhando para os dois olhos azuis, brilhantes como jóias, ele começou a falar sobre as coisas que tinha feito com os clientes e como lidar com todos aqueles nobres ricos que não paravam de falar sobre si mesmos, buscando escolher o que imaginou que seriam interessantes. Rafiel estava realmente absorto: acenava com a cabeça e até batia palmas de vez em quando, surpreendendo Klopp e motivando-o a falar cada vez mais. Até que a conversa foi conduzida para seu maior problema nos últimos dias: o conde Arok Taywind.
Klopp reclamou sobre como o conde, que tinha um cérebro com habilidades espetaculares, além de possuir um conhecimento artístico e humanístico infinito, não carregava o menor senso quando o assunto era dinheiro, cometendo estupidezes de maneira constante. Diante disso, Rafiel arregalou os olhos e perguntou incrédulo:
— Você é o contador do conde Taywind?
— Algo assim. Mas é um trabalho muito árduo. Eu deveria ser o agente dele, mas mesmo que eu o dê o meu melhor conselho, ele não quer me ouvir e me responde com a pose mais arrogante do mundo.
— Eu não posso acreditar. Ele é sempre tão cortês e atencioso…
— Se aquele homem é cortês e atencioso, então eu sou a cortesia encarnada em forma humana.
— Você é como um garotinho tirando sarro do amiguinho, sabia? — Rafiel comentou, rindo.
— É sério! … Vamos deixar de falar desse estúpido sem graça.
— Confesso que estou surpreso. Nunca vi ninguém falar nada sobre o conde dessa forma.
— Pois provavelmente vai acabar ouvindo bastante no futuro.
Quando ele disse isso, franzindo a testa, Rafiel riu ainda mais do que da primeira vez. Era visível que o loiro levou toda a situação na brincadeira. A impressão era de que, se o jovem levasse toda essa situação mais a sério, acabaria criando uma visão tacanha de ambos.
— Bom, não posso evitar que sua índole mude de uma hora para a outra, não é mesmo? Recebi um convite do conde, mas acho que vou sozinho ou com meu irmão mais novo.
— Um convite? Da festa nesse fim de semana?
— Ah, então está sabendo. Sim, disseram que estarão realizando um concerto no jardim de rosas desta vez. Acabei de ouvir que meu compositor favorito está vindo, então eu realmente desejo ir. Eu ia pedir para você vir comigo, mas…
— Não, espera. Antes disso, como conseguiu o convite?
Ele ficou muito curioso, pois, logo após Klopp visitar o conde e alertá-lo de que o que ele estava fazendo era uma estupidez, a lista de convidados foi reduzida em mais da metade. Rafiel deu-lhe uma resposta inesperada:
— Somos da mesma família. Ele é meu primo distante. Não éramos tão próximos quando crianças, mas o Conde é bastante cordial comigo e têm nos enviado convites para suas festas ocasionalmente.
— Seu primo?
Incrédulo, Klopp perguntou novamente, e o ômega assentiu com um sorriso desinteressado.
— Sim. Não nos parecemos?
Klopp não podia acreditar. Não, eu não queria acreditar. Após refletir sobre, Klopp lembrou-se daquele rosto irritado e, quando encarou Rafiel mais de perto, percebeu que eles eram bem semelhantes. Na verdade, às vezes os dois se pareciam, é claro, mas Klopp achava isso natural, já que ambos possuíam cabelos e olhos da mesma cor. Porém, Rafiel tinha toda a aparência de um ômega: doce e belo. Já o conde… não que ele transbordasse uma aura alfa, mas jamais duvidaria de seu gênero. Simplificando, Arok Taywind e Rafiel Westport eram pessoas completamente diferentes. Além da óbvia diferença entre seus gêneros, não havia nada parecido em seu tom, atitude ou aparência física. Klopp, então, torceu os lábios perversamente e se encostou junto à poltrona.
— Não, vocês não são nada parecidos.
— Você é muito estranho. Outras pessoas pensam que o conde e eu somos bem semelhantes. Na verdade, houve casos em que aqueles que não sabiam sobre nosso vínculo nos confundiam e chegavam até em mim pensando que eu era o conde ou acreditando que ele é um ômega.
— Bando de cegos… os dois são totalmente diferentes aos meus olhos. Mesmo que usem a mesma roupa ou tenham o mesmo penteado, tenho certeza que posso diferenciar quem é quem sem hesitar.
Com essas palavras, Rafiel pareceu ficar ainda mais tímido. Klopp, encostado na cadeira, olhou para o ômega, refletindo:
É claro que eu poderia diferenciá-los. Rafiel e Arok são muito diferentes um do outro. Quem seria o ingênuo que pensaria que o conde é ômega? Seria aquele músico de antes? Da maneira que os dois flertavam, eu não duvidaria. E a julgar pela maneira como os dois se olhavam, aquele relacionamento não parecia nada frívolo, de um ou dois dias. Será que eles estavam juntos? Seria ridículo…
Klopp de repente ficou com sede, agarrando a taça cheia, e engoliu metade do vinho de um só gole.
— … Mas você não disse que tinha algo para me dizer?
Em algum momento, Rafiel, que estava olhando para ele com a cabeça erguida, falou como se estivesse um pouco nervoso. Klopp, que acabara de pousar a taça de vinho vazia, caiu em si.
— Ah, sim…
Ele remexeu dentro do paletó e retirou o que estava guardando desde que saiu do escritório pela manhã: era um convite em papel branco, manuscrito e com muitos detalhes a tinta. Rafiel, que estava apenas olhando para as pontas dos dedos da outra pessoa com olhos brilhantes, exclamou “Ah” com uma expressão de pura decepção. Com isso, Klopp rapidamente endireitou sua postura e entregou o convite a Rafiel.
— Na verdade, eu também fui convidado. Eu ia pedir para você ir comigo, mas quando soube que você também recebeu um, acho que o convite perdeu um pouco o valor.
— Oh não. Um concerto noturno no jardim de rosas é um evento muito romântico. Eu também quero ir com você. Fico feliz.
Mas a voz de Rafiel parecia um pouco mais fraca e até mesmo seu sorriso não era tão brilhante quanto Klopp esperava quando ensaiou esse momento. Na verdade, ele tinha algo diferente em mente: um anel de platina com uma preciosa safira no meio e ele ajoelhado, pedindo a mão do ômega. Mas um pedido de casamento era algo único na vida e o alfa teve a impressão de que, embora o restaurante fosse chique, não conseguiu criar o clima romântico no qual a ocasião exigia. Uma proposta como essa precisava ser algo romântico. E pensando bem, mesmo sendo um evento do conde, já que Klopp o estava salvando da falência total, nada mais justo que ocupar um pequeno espaço no jardim para fazer o pedido perfeito.
— Não sei todos os detalhes desses eventos aristocratas, mas, um concerto realizado no roseiral é, como você disse, algo romântico, certo?
— Ah…
Só então, o rosto de seu namorado se iluminou com surpresa e expectativa. Klopp riu da mudança de humor repentina de Rafiel.
— É sério?
— Sabe, eu estava investigando. Existem muitas lendas daquela casa junto dos círculos sociais. Uma delas, inclusive, acabou sendo revivida pela falecida condessa: o concerto noturno. Segundo o mito, se você for ao jardim acompanhado de seu grande amor na noite de lua cheia e jurar “amor eterno” no jardim de rosas, esse amor durará por toda a eternidade… ( 🤮)
Ao ouvir isso, as orelhas de Rafiel se tingiram de carmim. Klopp teve que conter o riso, afinal, se fosse visto rindo nessa situação. Rafiel seria capaz de desmaiar de vergonha.
— Esse concerto será realizado na lua cheia. Posso te acompanhar nessa experiência?
— Sim.
Rafiel respondeu com uma linda e delicada voz, assentindo. O rapaz era realmente adorável. E dado o custo que o conde havia gasto, era certo que o concerto daquele fim de semana seria luxuoso, memorável e o momento perfeito para propor a aquela pessoa tão especial.
A refeição no restaurante seguiu sem sobressaltos.
No momento em que a sobremesa foi servida, ambos haviam terminado a garrafa de vinho. Ao contrário dos encontros anteriores, o rapaz parecia tão feliz que Klopp foi contagiado pela felicidade do momento e acabaram tomando demais. Klopp bebeu a maior parte, mas Rafiel também bebeu um pouco mais do que o normal. Eles então deixaram o restaurante e decidiram caminhar para aliviar a embriaguez, em vez de pegar uma carruagem imediatamente.
Era hora de voltar para casa e Klopp não queria correr o risco de ser acusado pelo futuro sogro de ser um “monstro sem escrúpulos” que tocou em um ômega antes do casamento. Era bom se poupar antes de problemas desnecessários. Depois de caminhar um pouco e o cheiro de vinho se dissipar, planejou mandar Rafiel de volta para casa em uma confortável carruagem. O experiente cocheiro entregará Rafiel ao visconde Westport exatamente na hora sugerida por mim. Ele queria ser aceito pelo visconde sem grandes problemas: obter sua bênção e fazer tudo de maneira idônea*.
(*Idônea: perfeita, capaz, competente)
— É a primeira vez que caminho tão tarde da noite. Meu pai é muito rígido…
— Eu sei. Mas segure-se em mim, ok? Não quero que você tropece.
Quando Klopp estendeu a mão, preocupado, Rafiel, muito tímido, a agarrou.
A rua principal estava bastante movimentada, cheia de pessoas passeando aqui e ali, apesar do horário. Haviam casais com seus filhos, homens andando faceiramente, e casais apaixonados como eles. Alfas, que pareciam ser amigos de longa data, e ômegas, acompanhados de seus guardiões. Descendo o beco à beira do rio, Klopp aproveitou o ambiente descontraído e suspirou profundamente.
Sim, é essa estabilidade que eu tanto almejo.
Mas Rafiel, que vinha andando torto, com a cabeça inclinada e agarrado em Klopp, de repente endireitou-se e apontou para o lado.
— Ei, aquele não é o conde Taywind?
— O quê?
Por que esse nome apareceu de repente? Klopp imediatamente franziu a testa e olhou na direção que Rafiel apontava: ao contrário de seu terno claro usual, o homem estava vestindo roupas escuras, enquanto seguia sozinho e rápido, vestindo uma capa com capuz. Virando a cabeça de um lado para o outro, olhando ao redor, ele agarrou a ponta ligeiramente alargada de seu capuz e, então, escapuliu como se conhecesse esse lugar com maestria.
No entanto, àquela hora da noite, não havia razão para o orgulhoso conde entrar em um beco tão sujo e escuro sem o acompanhamento de um servo. Além disso, Arok sempre endireitou os ombros e mantinha uma postura muito ereta, então as chances de que ele agora estivesse andando agachado, com ombros curvados e olhos baixos era improvável.
— Aonde ele está indo?
— Não sei. Mas será mesmo o conde? Ele não é do tipo que andaria sozinho a essa hora, sem carruagem nem criados.
— Verdade. Será que é apenas alguém que se parece com ele?
— Acho que sim. Essa estrada leva a um lugar decadente e o Conde não teria motivos para seguir por ali.
O lugar de que Klopp falava era a estrada que levava à pior parte da favela da capital. Ele sabia disso porque costumava usar esse caminho como um atalho para casa. Ao ouvir essas palavras, Rafiel inclinou a cabeça e sorriu:
— Você está certo. Agora ele deve estar ensaiando para o concerto, lendo um livro… Ou quem sabe está com seu amante.
— Sim. Ou planejando maneiras de gastar mais dinheiro. — Klopp assentiu levemente, concordando.
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Apesar do dia agradável, Klopp não pareceu se sentir bem ao chegar em casa, então foi para a cama cedo.
Isso é estranho… Eu não sei se devo contar tudo sobre minha vida privada… Será que devo colocar um limite no meu sono ou algo assim?
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Alguns dias depois, quando Klopp apareceu novamente para discutir o custo do evento, Arok respondeu muito nervosamente a suas perguntas. Não foi grande coisa, mas Klopp ficou estranhamente ofendido. Estava com tanta raiva que resolveu não insistir no encontro e se retirou da mansão. Naquele dia, o forte perfume do conde lhe deu dor de cabeça, então Klopp disse apenas o que precisava e foi embora, enquanto Arok nem mesmo se despediu formalmente dele.
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Continua…
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Tradução: MiMi
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