Pontos de sutura - Capítulo 25
Houve um som de estalo.
Quando se dava um tapa na bochecha de alguém, geralmente produzia-se um estalo que soava como um pequeno “pac”. Mas Kim Byeong-jun literalmente colocou o punho inteiro na mandíbula dele.
Byeong-jun, que estava de pé apoiando as duas pessoas que tinham caído na rua, estava prestes a entrar em um novo estado de desespero que ele nunca tinha experimentado nem quando trabalhava no hospital. Além disso, ele não poderia simplesmente acordar Dohan com uma mão amigável e frases fofas em uma situação onde palavrões literalmente vinham do nada.
—Não desmaie de novo! Maldito!
Quando Byeong-jun, que estava cansado de carregá-lo para todo lado, liberou a força de seu braço esquerdo, Kim Mihee, que também estava sobre seu ombro, caiu no chão como se fosse um pedacinho de papel. Ela já não tinha sapatos e o cabelo estava colado na testa a ponto de parecer mais um monstro peludo do que uma mulher.
Byeong-jun respirou fundo, analisou suas opções e, no final, beliscou o peito de Im Dohan com toda a força em uma tentativa desesperada de fazê-lo abrir os olhos. É claro que ele gritou assim que seus mamilos foram torcidos para a direita.
—Aaaaah!! Isso dói!!
—O paciente ainda parece estar inconsciente. Farei outro teste de estimulação do mamilo para ter certeza!
—Eu estou… Eu disse que estou acordado e que isso machuca. Dói. Me… Argh!
Kim Mihee, que estava deitada na rua como uma sem-teto, levantou-se para vomitar também porque aparentemente o som da discussão a deixou enjoada.
—Buargh!
—Não posso, desisto. Vamos ter que viver assim e começar uma nova vida nas ruas.
Afinal, não seria nada fácil voltar para casa com duas pessoas afogadas em álcool. Kim Mihee era difícil, mas Dohan nem sequer caminhava com seus próprios pés, agarrando-se a Byeong-jun como uma criança pequena. Ele nem sabia que Dohan era tão pesado! Byeong-jun estava literalmente morrendo por ter arrastado um gigante por tantas ruas e, na verdade, nem sentia mais as costas.
—Hey! Venha cá! Não vomite aí, idiota! Ah, por favor, me ajude. Vou começar a chorar!
Byeong-jun, que viu Hyewon no final da rua, agitou as mãos com tanto desespero que parecia prestes a voar. Ambos os homens se encontravam frequentemente na sala de emergência quando o fluxo de pacientes estava exagerado, então poderia-se dizer que se tornaram bons amigos.
—Quer que chamemos um táxi?
—Não, eu vou… Não faça isso, maluca!
Kim Mihee, que estava deitada no chão entre as pernas de Byeong-jun, tentou tirar suas calças de forma tão estranha que ele se defendeu dando-lhe um tapa. Em seguida, ele empurrou o corpo de Dohan e o jogou na direção de Hyewon como se fosse uma bagagem indesejada que ele estava lhe dando de presente. Hyewon, que o segurou em seus braços, verificou seu estado atual e o ajudou a vomitar novamente para que não se afogasse.
—Você deveria ter me ligado quando saiu do clube! Eu teria ido até lá.
—Você realmente queria ver isso? A cena estava mais intensa na boate, acredite.
—Quanto ele bebeu?
—Ele esvaziou o lugar, mas o ‘gênio’ sempre é assim, não é? Mas, mesmo assim, hoje ele pareceu mais desesperado do que de costume.
O cheiro de álcool emanava fortemente de Dohan, mesmo que ele tivesse a cabeça baixa e os lábios em uma direção muito diferente da sua. Hyewon não conseguia entender por que ele tinha chegado ao ponto de beber até perder o controle, mas, embora certamente estivesse chateado com ele, sua preocupação estava superando isso de longe. Não fazia muito tempo que ele havia tido uma gastrite aguda e cólicas estomacais. Ele sempre parecia estar especialmente cansado e já fazia muito tempo que não bebia. Hyewon não queria se intrometer em sua vida pessoal, então nunca falou sobre isso, mas vendo como ele estava mal hoje, pensou que talvez devesse perguntar e ver se havia algo que pudesse fazer para ajudá-lo.
—Venha aqui, seu bêbado.
—Eu não estou bêbado! Você está bêbado!
Dohan, que estava agachado, de repente inclinou o corpo em sua direção e esticou os braços para que ele pudesse segurá-lo. Então, Hyewon, que se posicionou de forma que acabou segurando a cabeça de Dohan contra seu ombro, franziu a testa com o cheiro que atingiu seu nariz em cheio.
—Então, vou deixar ele com você.
— Tudo bem, vá para casa com cuidado e cuide muito bem de Kim Mihee.
Hyewon, que colocou o braço de Dohan em volta de seus ombros e a mão esquerda em sua cintura, cumprimentou Byeong-jun com um aceno de cabeça e o observou atentamente até que ele e Kim Mihee, que estava em suas costas como um saco de batatas cruas, finalmente chegaram à esquina e viraram.
—Bem… Venha cá.
As pernas de Dohan arrastaram pelo chão. Ele mal conseguia andar ou manter os tornozelos retos. E cada vez que dava um passo, apoiado em Hyewon, a sacola de compras branca, que ele não largava por nada, começava a bater em seus joelhos repetidamente, tornando as coisas mais difíceis.
—Você disse que ia beber com moderação…
—É que eu me sinto… mal. Por isso eu bebi.
—Por que você se sente mal? O que aconteceu?
Enquanto seu corpo, feito completamente de músculos fortes, se esticava para frente e para trás como um boneco de posto de gasolina, Hyewon teve que se esforçar mais para não deixá-lo cair na rua. Teria sido bom levantá-lo e segurá-lo como um casal em algum filme romântico de televisão, mas a diferença de altura era apenas alguns milímetros e, além disso, Dohan, que fazia muito exercício, pesava muito mais do que ele imaginava. Cada vez que ele se desequilibrava e fazia um grande movimento em sua direção, Hyewon tinha que se esforçar para não deixá-lo cair de cara no chão. Além disso, a maldita sacola de compras na mão de Dohan continuava batendo em seu joelho, deixando-o irritado.
Hye-won, que estava nervoso, se aproximou para pegar a sacola e afastá-la, mas Dohan, irritado, o empurrou.
—Não me toque! Não toque nisso também! É um presente e não é para você!
Depois, Dohan tirou o braço de seu ombro, lutou e de repente se afastou completamente de Hyewon.
Hyewon olhou para as costas do homem, que estava caminhando em zigue-zague, como se fosse cair para frente ou para trás de maneira bastante abrupta. E quando o corpo de Dohan, que estava bem à frente, tropeçou violentamente em um buraco, Hyewon o seguiu e o apoiou antes que ele caísse. Mas quando segurou seu ombro novamente, Dohan sacudiu a cabeça e repetiu:
—Não quero que me toque, já te disse.
—Mas você vai cair.
Hyewon silenciosamente apoiou as costas de Dohan enquanto subiam as escadas. O homem estava completamente bêbado e aparentemente isso o fez agir como se estivesse irritado mesmo que parecesse de excelente humor quando disse que ia sair para beber. Claro que ele não concordava que Dohan tivesse ido, mas ao ver o quanto ele esperava pelo momento de estar com seus amigos, pensou que tudo ficaria bem e que o homem se comportaria tão decentemente quanto prometeu. Aparentemente ele tinha mais confiança nele do que deveria.
—Ah…
Dohan, que estava andando de um lado para o outro por muito tempo, parou no lugar e de repente praguejou alto:
—… Droga! Por que está me seguindo? Já disse para me deixar em paz. Eles vão vir me buscar, certo? Então vá embora.
Dohan, que cuspiu uma série de maldições no ar, como se Hyewon tivesse agido muito injustamente com ele, embora estivesse apenas cuidando dele, agachou-se e revirou seus bolsos. Então, ele tirou seu celular e começou a ligar para algum lugar. Nesse momento, no entanto, o celular de Hyewon tocou. O nome que aparecia na tela LCD era “Im Dohan”, então ele atendeu com uma expressão bastante perplexa em seu rosto.
—Ah… Alo.
Uma voz rouca veio do outro lado.
[Você pode vir me buscar? Estou perdido e tem um cara chato atrás de mim.]
Mas era ele quem estava bem atrás de Dohan.
—Certo, eu estou indo.
Ele respondeu e desligou o telefone, então Hyewon se aproximou novamente e o fez levantar. Dohan, ainda bêbado, novamente não reconheceu Hyewon, então reclamou alto:
—Tenho alguém que vem me buscar! Ele vai vir me buscar, então encontre outra pessoa.
—Vamos.
—Para onde estamos indo?
—Vamos entrar.
—Mas eu não consigo mais transar com estranhos. Você quer fazer sexo?
Hyewon não discutiu, apenas permaneceu em silêncio e segurou Dohan, que estava prestes a cair, até que finalmente desistisse e conseguisse levá-lo para dentro do complexo.
—Por quê? Por que você não veio me buscar? Seu idiota. Estão me sequestrando e você não se importa!
Mas a pessoa com quem ele estava bravo, na verdade, estava olhando para ele de uma distância muito curta.
Depois disso, Dohan, que parecia ter adormecido em pé (porque ficou parado com os olhos fechados), de repente se virou para olhar Hyewon e perguntou:
—Você quer dormir comigo?
—Por favor, acalme-se.
O rosto de Hyewon, que estava um pouco desesperado, corou instantaneamente de vergonha. Seus olhos se arregalaram, e seus lábios vermelhos se abriram com surpresa em contraste com sua pele pálida. Então Dohan esticou o braço e tocou o peito de Hyewon antes de envolver o braço em volta de seu pescoço.
—Vamos para um hotel.
Hyewon também o segurou e apoiou os ombros trêmulos de Dohan para evitar que ele escorregasse. No entanto, mesmo com algo tão pequeno quanto isso, seu coração acelerou como se tivesse corrido mais de dez quarteirões para chegar até ele. Seu rosto pálido de repente corou e suas orelhas ficaram tão vermelhas quanto uma cereja madura.
—Espere, por favor…
Então, Hyewon respirou fundo e profundamente. Foi agridoce sentir um toque tão gentil contra ele, mesmo que nem sequer o tivesse reconhecido e mesmo que o tratasse como alguém com quem queria passar uma noite casual. Era como derramar açúcar em um expresso muito amargo.
Hyewon o levou para o quarto sem soltar Dohan, mesmo que aquela sacola de compras tão volumosa continuasse a bater entre suas pernas constantemente enroscadas. Com cuidado, caso ele tropeçasse, o guiou pelo corredor e o manteve próximo ao seu abdômen para evitar que batesse a cabeça. Na verdade, aquilo era uma desculpa. Era um desejo egoísta de manter aquele calor com ele por mais um pouco antes de ter que soltá-lo.
—Hotel, vamos para o hotel…
—Sim, vou te levar para um lugar melhor que um hotel. Vou te levar para sua casa.
—Sério? Vamos para casa? Você já quer se livrar de mim depois de me assediar?
Hyewon sorriu enquanto olhava para Dohan e então, quase imediatamente, um pensamento estranho veio à sua mente. O desejo de dormir com ele era tão grande assim? Valeria a pena arriscar o que tinham agora? Porque mesmo neste momento, ele estava muito preocupado que fosse tarde demais para voltar atrás. Ainda mais porque sua própria ganância o fez continuar abraçando-o.
Hyewon, ao chegar em frente à casa, apoiou Dohan com uma mão e habilmente abriu a porta principal com a outra, mas ficou preso em seus sapatos e rapidamente tropeçou sem conseguir evitar a queda. As pernas de Dohan e as de Hyewon se enroscaram e os dois acabaram muito próximos um do outro. A sacola de compras na mão de Dohan bateu no rosto de Hyewon e os dois reclamaram de dor ao mesmo tempo.
Hyewon, que foi subitamente atacado por Dohan, como em um filme de drama de terceira categoria, reconheceu o quão tolo ele certamente parecia diante dele neste momento e corou até a cabeça. Estava quente, como se as pernas que o tocavam estivessem em chamas, e como se o hálito que tinha a centímetros dele estivesse derretendo sua carne. Envergonhado, Hyewon não conseguiu fazer nada por um momento e apenas ficou ali, ouvindo o som de seu coração batendo forte em seu peito e em seus ouvidos também. Então, seus óculos tortos caíram do rosto até finalmente pousar em cima do peito de Dohan.
Dohan, segurando a sacola de sapatos, a deixou cair no chão e usou os dedos que já estavam livres para pegar os óculos que haviam caído sobre ele. Eram óculos prateados, então ele os colocou no rosto de Hyewon quase sorrindo. Em seguida, disse, com um brilho estranho em seus olhos semi-cerrados e os lábios ligeiramente separados:
—É perfeito
—Quem?
—É que… Descobri recentemente o quanto gosto de você usando esses óculos.
Diante dessas palavras, o coração de Hyewon acelerou loucamente.
—Não entendo. Você gosta de homens com óculos?
—Não. Hahaha. Gosto de como eles ficam em você.
Hyewon não soube o que dizer diante das palavras de Dohan. Até por um momento, quando seu coração tremia, tudo que conseguiu fazer foi soltar o ar lentamente entre os lábios para tentar evitar um ataque cardíaco.
Hyewon, que estava tremendo, tentou se levantar para sair daquela situação embaraçosa e tentar levá-lo para a cama novamente, mas Dohan o agarrou pelo colarinho muito antes de ele ter sucesso.
Então Hyewon, que estava tentando se endireitar, de repente perdeu o equilíbrio e caiu de novo sobre ele. Dohan agarrou o colarinho da camisa dele tão fortemente que os tendões de sua mão ficaram brancos e as veias que sempre chegavam ao pulso começaram a aparecer. Então, ele ergueu um pouco a cabeça e enterrou o rosto no pescoço de Hyewon completamente. Apoiou o queixo na clavícula do homem, exposta através de sua roupa, e aproximou o nariz de sua nuca para começar a cheirá-lo como um cachorro faria. E cada vez que ele inspirava e expirava, um hálito quente, cheio de todo o desejo de Dohan, percorria seu pescoço e sua coluna vertebral, fazendo-o tremer.
Assim como cheirar a comida antes de comer ou saborear o aroma do vinho antes de levá-lo à boca, Dohan cheirou o perfume de Hyewon até começar a salivar de desejo. Cheirava a bala de hortelã esmagada.
—…está bem?
—Não. Por favor, levante-se.
A parte em que o hálito de Dohan o tocou estava tão quente que Hyewon dobrou os joelhos e recuou tanto quanto pôde numa tentativa de se levantar. Mas não importava o quanto ele tentasse fazer Dohan soltar seu pescoço, não conseguiu nem uma vez. Pelo contrário, Dohan apertou mais sua mão e o puxou para mais perto.
—…
Sem dizer nada por um longo tempo, Dohan encarou os olhos de Hyewon e sorriu enquanto dizia:
—Me beije.
—Você está bêbado…
Mas as palavras para instar Dohan a se acalmar não duraram muito. Dohan agarrou Hyewon pelo pescoço, ergueu seu corpo e rapidamente colou sua boca na dele. O cheiro de álcool na respiração de Dohan era tão forte que até mesmo Hyewon se sentiu embriagado. Seus braços perderam força ao toque de seus lábios quentes e então ele simplesmente deslizou para baixo como se quisesse continuar agarrado a ele. No final, quando a força dos braços que sustentavam seu peso para não colocar tudo em Dohan desapareceu, os dois se sobrepuseram completamente e seus lábios em contato afundaram ainda mais fundo do que da primeira vez. Os olhos de Hyewon estavam bem abertos, então o que teve dele foi um reflexo imediato do rosto sorridente de Dohan, com os olhos fechados e as bochechas bem vermelhas.
Estava claro que era Hyewon quem estava novamente engolindo expectativas que não tinham muita esperança, e que finalmente estava se aproveitando do álcool na corrente sanguínea de Dohan. No entanto, os lábios do homem eram tão suaves e calorosos demais para serem negados. Eles eram… tão fabulosos que Hyewon nem sequer conseguiu evitar fechar os olhos por um momento.
Só mais um pouco.
—Ummm….
Uma língua quente e afiada penetrou entre os dois lábios sobrepostos e mergulhou até alcançar seus dentes. O movimento da carne passando pela boca, como um ser vivo, era um tanto assustador para ambos, mas ainda assim Dohan chupava e chupava como se quisesse aceitar tudo completamente. E comparado a Hyewon, que se movia tão rígido quanto um boneco enferrujado, Dohan era muito habilidoso, apesar de ainda estar bêbado.
—Ah, Dohan… Chega.
Quando a mão de Dohan entrou em suas calças, Hyewon se levantou rapidamente e empurrou seu amigo para o chão. Já estava errado desde o momento em que caíram enroscados nas pernas um do outro, e definitivamente não queria levar isso adiante. Afinal, desta vez não seria um acidente como foi no hotel e… Mais do que isso, Hyewon não queria misturar seu corpo com o dele se o mesmo de antes fosse acontecer novamente. Ele poderia não ser capaz de olhá-lo nos olhos novamente. E poderia ter descartado isso como um erro uma vez, mas não duas vezes. Hyewon disse —Não— e se levantou. Dohan, que estava deitado no chão, franziu a testa e olhou para Hyewon com uma expressão claramente irritada. Ele estava insatisfeito por seu amigo ter fugido e deixado-o excitado.
Hyewon recuperou a compostura, agarrou o braço de Dohan e tentou fazê-lo levantar. Mas como uma criança que insistia em não dar um único passo até que comprassem um brinquedo para ele no mercado, Dohan não seguiu Hyewon tão facilmente e nem se atreveu a estender os dedos. Mas depois de cerca de dois minutos, ele aceitou a ajuda, colocou seus lábios no pescoço de Hyewon e deu uma mordida.
—Seu cheiro é tão gostoso.
Hyewon ignorou as palavras de Dohan, tentando não se deixar levar para continuar com o plano de fazê-lo dormir. Mas Dohan se levantou na direção oposta àquela que Hyewon queria levá-lo e empregou toda a sua força novamente, como se essa fosse sua maneira de dizer que não concordava com o momento em que o beijo foi interrompido. Embriagado, ele continuou balbuciando e falando no ouvido de Hyewon.
—Vamos, querido… Vamos…
Mas Hyewon não deu ouvidos ao apelido pelo qual foi chamado, porque estava mais ocupado tentando afastar a mão rude de Dohan de sua bunda.
Hyewon suou e lutou para levar Dohan para seu quarto. E quando finalmente chegaram à porta principal, ele respirou aliviado e abraçou o homem, que escorregava entre seus dedos como área, para poder jogá-lo diretamente na cama. No entanto, nesse momento, Dohan empurrou Hyewon mais uma vez, o homem perdeu o equilíbrio novamente e acabou caindo em cima do amigo pela segunda vez. A noite no hotel passou pela mente de Hyewon num instante, então ele congelou no lugar e mordeu o lábio. Precisava de tempo para clarear a mente, precisava sair dali para não cometer outra estupidez. Ele se comportaria de maneira diferente se conhecesse a angústia de Hyewon? Não, ele era tão safado que pensou que talvez estivesse fazendo de propósito.
O pênis duro de Hyewon estava exatamente em contato entre as nádegas firmes e musculosas de Dohan.
—Desculpe, mas estou com pressa.
—… Dohan!
—Sinto que preciso de você…
A sensação de peso que ele sentiu debaixo de suas calças estimulou terrivelmente Hyewon. Ele gritou o nome de Dohan para que o amigo saísse de cima, mas ele estava tão concentrado em tirar a camisa que nem o ouviu.
A luz que entrava pela janela iluminou a parte superior do belo corpo de Dohan: seus ombros largos, seu peito plano e seu abdômen definido foram destacados tão intensamente como se estivessem à luz do dia. O pênis ereto de Dohan, que já estava duro há muito tempo, tocou a parte inferior do abdômen de Hyewon quando ele se inclinou para beijá-lo novamente e, a cada vez que Dohan encolhia os ombros e sorria, Hyewon, que estava debaixo dele, começava a sentir que estava cada vez mais difícil resistir à emoção que tomava conta do momento.
Assim que pensou se talvez ele tivesse feito essa mesma expressão enquanto se masturbava em seu quarto, o pênis de Hyewon ficou tão completamente ereto que espetou a bunda de Dohan de forma constrangedora.
O homem sorriu com o toque e começou a desabotoar as calças de Hyewon. Ele, por sua vez, segurou a mão de Dohan, que estava acariciando sua cintura, e tentou impedir que ele fosse mais longe. Mas Dohan afastou seus dedos com graça e disse:
—Relaxa…
—Espere um minuto… Espere.
Mas antes que Hyewon pudesse resistir, Dohan decidiu que era uma boa ideia envolver os dedos em volta de seu pênis. Era branco e limpo e maior do que ele pensava que seria. Então ele sorriu e se inclinou o suficiente para poder morder a ponta usando os lábios. Hyewon respirou fundo com a sensação daquela cavidade quente, macia e úmida envolvendo a ponta de sua glande e mordendo sua carne de maneira completamente experiente. Ele estendeu a mão para empurrar a cabeça de Dohan para baixo e gemeu tanto que até colocou a palma da mão completamente na testa dele. No entanto, Dohan não se retirou facilmente. Pelo contrário, quanto mais ele empurrava, mais força Dohan colocava no corpo até adicionar todo o seu peso contra ele.
—Droga. Seu pau é grande.
Dohan que estava segurando o pênis de Hyewon completamente dentro de sua boca, fez um som estridente por um momento, como se o grande pênis de Hyewon estivesse perfurando sua garganta, e então murmurou para si mesmo enquanto tentava levá-lo um pouco mais para dentro. Hyewon soltou um gemido baixo e depois cobriu a boca com a mão para não deixar que isso acontecesse de novo. E embora ele não pudesse dizer com certeza com quem ele estava se misturando neste momento, Dohan estava adorando o cheiro, a textura de sua pele e o fato de que ele usava óculos. Exatamente como o homem que ele amava. Ele inclinou a cabeça, enterrou o rosto entre as pernas dele e, com cuidado, chupou com mais força e delicadamente com a ponta ereta de sua língua. Mas por alguma razão, a outra pessoa permaneceu em silêncio. Quando ele não pôde ouvir um gemido que lhe diziam se estava fazendo certo ou se o outro estava gostando, Dohan ergueu suavemente a cabeça e olhou para seu oponente: seu rosto estava tão vermelho que parecia que ia explodir, e ele tinha a boca coberta com as duas mãos.
Dohan se moveu orgulhosamente em resposta à reação bastante ingênua do homem, se inclinou, abriu mais a boca e deixou o pênis preenchê sua mucosa o suficiente para bater no fundo de sua garganta. Então, ele colocou força nas coxas e repetiu um movimento calmo de um lado para o outro. Sua boca estava tão aberta que ele não conseguia mais abri-la e por isso a articulação da mandíbula doía terrivelmente. Ele chupou da raiz até a ponta da glande e sentiu claramente a maneira como o membro se contraia loucamente em sua boca.
—Hum! Ugh!
Assim que um gemido escapou da boca de Hyewon, Dohan pareceu satisfeito e soltou uma risada travessa, sem parar de tocar seu pênis nem por um momento. Na verdade, aquela risada soava como uma zombaria. Ele estava tão satisfeito com a voz que o homem tentava sufocar sob sua mão e com a sensação de uma mão trêmula correndo por seu cabelo, que sentiu como se fosse sua própria “vitória pessoal”.
—Ah, ah, ah… Por favor, Dohan! Dohan!
Hyewon, que havia chegado ao clímax, foi inundado por um prazer tão avassalador mesmo que ele estivesse apenas fazendo sexo oral, que lutou consigo mesmo para empurrar a cabeça de Dohan entre suas mãos. Hyewon empurrou a testa dele com toda a força que pôde e, no final, quando Dohan, incapaz de superar a força, quase foi jogado na cama, o homem abraçou Dohan, o esmagou sob o colchão e ejaculou completamente em seu abdômen.
O líquido branco fez um som de borbulhar entre os dois corpos sobrepostos. Afinal, Hyewon abraçou Dohan com força e enterrou os lábios em seu ombro, estremecendo com o brilho que veio após a forte ejaculação que ele havia experimentado. Então, Hyewon rolou na cama, ainda abraçando Dohan firmemente entre os braços, e acabou os acomodando de uma forma completamente diferente daquela em que estavam quando começaram. Afinal de contas, foi Dohan quem acendeu o fogo…
E o segundo erro já havia sido cometido de tal forma que agora não podiam voltar atrás.
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Continua ….