Pontos de sutura - Capítulo 40
No dia seguinte, foi Dohan, não Hyewon, quem acordou completamente doente.
Os dois haviam dormido abraçados porque tinham esgotado todas as suas forças físicas e não tinham nem um pingo de energia para tomar ou mudar de posição. E só depois que o alarme tocou, eles reclamaram, piscaram e começaram a se soltar lentamente até poderem se ver cara a cara…
Mas quando Dohan se moveu para poder falar sobre o que aconteceu, o pênis de Hyewon, que aparentemente tinha estado inserido no buraco de seu ânus a noite toda escorregou para fora. Porém, ao contrário do que ele aparentemente deveria pensar, a verdade é que começou a se sentir incrivelmente vazio quando a coisa que enchia seu interior o deixou sem lhe dar qualquer tipo de aviso ou algo assim. Foi como se, mais do que um Alfa, ele tivesse se transformado em uma besta cujo único desejo era se reproduzir com seu parceiro até o ponto em que começava a ficar irritado se não o tivesse lá com ele. Ele ficou envergonhado ao admitir que até chegou ao ponto de questionar como tinha vivido sua vida antes de tê-lo.
E todas as emoções que ele tinha se tornaram ainda piores quando seu companheiro começou a retirar todo o esperma de dentro dele com os dedos.
Dohan ficou ali deitado, gemendo, incapaz de se mover e constantemente levando às costas da mão à boca para não gritar.
Hyewon suspirou, beijou sua cabeça e então mostrou-lhe um lenço umedecido com o qual queria começar a limpar entre as pernas dele. Ainda era uma sensação desconfortável, é claro, mas ele podia aguentar agora muito mais do que antes. Tardia e timidamente consciente da lembrança de ter feito sexo com seu melhor amigo, que havia sido excessivamente apaixonado e até mesmo obsceno durante a noite, Dohan fechou os olhos com força e fingiu que não era ele quem estava limpando seu corpo. Dohan suspirou. Quem diabos disse que eu era um ninfomaníaco quando o verdadeiro “cara do sexo” é Kang Hyewon? Deus, foi perfeito. Mesmo para alguém tão quietinho.
—Está pronto…
Depois de limpá-lo, Hyewon colocou uma manta fina sobre seu corpo e colocou a mão em sua testa ao vê-lo respirar como se fosse um esforço imenso. Originalmente, a temperatura corporal do homem estava alta, mas agora ele estava quase fervendo. Além disso, Dohan estava completamente rouco pelo som de gemidos, gritos e suspiros de dor que ecoaram pelo quarto durante toda a noite.
—Você está com febre. Vou ligar para o hospital, tudo bem? Quero que você descanse.
Ter febre era um assunto delicado para o centro cirúrgico. Afinal, poderia ser um sintoma de infecção e se tornar um patógeno que poderia até mesmo contaminar a sala estéril. Claro, no hospital eles lidavam com isso de uma forma bastante rigorosa porque, afinal, poderia levar à morte de um paciente já que era um lugar onde corpos humanos eram abertos. Ele sentiu muita pena pelo colega de trabalho que teria que fazer sua parte devido à sua falta tão repentina, mas Dohan também pensou que não estava em condições de se preocupar com a situação dos outros.
Naquele momento, Dohan abriu lentamente os olhos e olhou para Hyewon novamente. O homem continuava pedindo “desculpas e desculpas” com um rosto cheio de puro arrependimento.
Mas, para começar, foi ele quem abriu as pernas para que ele o penetrasse, então a quem exatamente deveria perdoar? Foi Dohan quem disse que precisava de mais, quem o abraçou e quem não parou de gemer debaixo dele a noite toda. No entanto, ele apenas se acomodou no colchão e manteve a boca bem fechada porque nem mesmo tinha a energia necessária para começar a discutir sobre isso.
Mas quando levantou a cabeça para procurar um travesseiro, percebeu que os ombros, pescoço, braços, peito e costas de Hyewon estavam tão bagunçados como se ele tivesse sido sugado por um enxame de mosquitos, mesmo que ele parecesse não se importar porque já havia arrumado a cama, abriu um pouco a janela e arrumou a maleta para ir trabalhar. Ele tinha… Todas as marcas que havia deixado quando perdeu o controle. Chupões, arranhões…
—Eu… Não use essa camisa branca. Faz sua pele se destacar muito. Você sabe.
—Oh, sim…
Como de costume, Dohan falou com ele com a voz entrecortada enquanto observava Hyewon tirar uma camisa branca do armário. Então, ao perceber o significado de suas palavras, as orelhas de Hyewon ficaram vermelhas de repente, ele assentiu e decidiu levar um suéter preto de gola alta que cobria até o queixo.
Dohan sorriu, se acomodou e voltou a dormir sem perceber. Ao abrir os olhos novamente, descobriu que a tela de seu telefone já estava brilhante:
Kim Mi-hee: «Maldito desgraçado, é melhor que você esteja realmente doente ou eu vou te matar.»
Aparentemente, Kim Mi-hee foi a responsável por preencher seu lugar. Coitada. Ele deveria comprar um café para ela quando fosse trabalhar de manhã.
Com isso em mente, Dohan leu a próxima mensagem:
Kang Hye-won: «Como está o seu corpo?»
Kang Hye-won: «Você já comeu?»
Kang Hye-won: «Ainda está dormindo?»
Kang Hye-won: «Vou tentar chegar em casa mais cedo.»
Dohan franziu a testa com as mensagens. A verdade era que ele precisava de um tempo para esclarecer seus pensamentos porque, bem, em palavras simples, ele tinha feito sexo com o cara como se não conseguisse controlar o terrível desejo que tinha por ele. Certamente foi por causa da atmosfera, da provocação e do desejo que vinha crescendo em seu estômago há meses, mas, acima de tudo, ele achava que era porque Kang Hyewon tinha sido tão sexy quanto o inferno.
—Seu bastardo miserável.
Agora que estava sozinho, em uma casa vazia, de repente até se perguntou se isso estava certo. Quer dizer, ele transou com seu melhor amigo! Sóbrio, consciente e pela quarta vez. Na verdade, tudo o que havia feito com Kang Hyewon até agora o deixara tão tranquilo quanto de costume ao acordar, mas depois, quando viu Hyewon prestes a sair para o trabalho, lhe obedecendo sobre a camisa, procurando algo para cobrir suas marcas e tratando-o com todo o amor do mundo, de repente pensou que estava se relaxando mais do que deveria. Nunca houve bons finais para esses relacionamentos tão instáveis e ele sabia que poderia significar perder um amigo ou até mesmo perder seu antigo amor. Ele terminaria perdendo alguma coisa, um ou outro ou ambos, e só de pensar nisso, a expressão de Dohan ficou honestamente sombria.
Mas então ele lembrou das ações de Hyewon: o ato de tocar seu rosto enquanto ele dormia e o modo como o beijou na boca. Era tudo muito cuidadoso e terno para ser o comportamento de um amigo ou de alguém que o considerava apenas um parceiro sexual. Além disso, Park Eun-soo disse que Kang Hyewon só falava dele quando estava com ela. Todos os dias, sem falta.
Seu coração começou a bater com antecipação.
—Será que Kang também gosta de mim?
Ele nem tinha pensado nisso, porque para começar, Dohan levou muito tempo para perceber que estava apaixonado por ele e, além disso, havia um grande muro chamado “Amigos” que tinha sido construído entre eles. E a familiaridade que tinham tido ao longo do tempo tornou esse muro cada vez maior, a ponto de decidir apenas saltá-lo. Se de repente lhe dissessem que o que você conheceu como vermelho por toda sua vida agora era verde, você seria capaz de admitir que realmente era dessa cor? Não. Nem Dohan nem Hyewon iriam admitir isso facilmente.
Mas como que para repreendê-lo por isso, a mente de Dohan começou a repassar repetidas vezes o momento exato em que Hyewon havia tocado carinhosamente seu rosto e isso também o fez pensar por um momento que tudo poderia ter sido verde desde o início.
Dohan abaixou-se para tocar o peito. Ele era muito covarde para se confessar, mas orgulhoso o suficiente para querer voltar a ser apenas um amigo novamente depois disso. Ele deu um tapinha no lugar ao seu lado na cama, cujo calor já havia desaparecido, e disse:
—Kang Hyewon… Hyewon-ah, eu gosto muito de você, sabe?
Seria ótimo se ele pudesse dizer isso corajosamente, e seria maravilhoso se a resposta após essa confissão fosse o que ele queria ouvir:
“Eu também gosto de você, Dohan.”
Depois de perceber que gostava de Hyewon, ele sempre esteve ao seu lado como nos velhos tempos, mas… de alguma forma, havia um vazio que não podia ser preenchido apenas com as coisas de antes. Ele pensou que estaria bem em continuar sendo amigos se ao menos pudessem ficar juntos, sorrir, se tocar, se apoiar e fazer sexo de vez em quando, mas de qualquer forma, agora ele esperava algo maior. Algo mais íntimo, talvez.
—Você viu o que está me fazendo, idiota?
Depois de ler a mensagem de Hyewon mais uma vez, Dohan franziu a boca e falou consigo mesmo.
***
—Ei meu querido Kang. Você tem um tempinho para mim?
Hyewon, que estava sentado, sem expressão facial, no banco do jardim com seu celular na mão, levantou a cabeça ao ouvir a voz de uma mulher atrás dele.
Quando ela perguntou se ele tinha tempo, antes que Hyewon pudesse responder NÃO, ela disse —Ah, obrigado — e acomodou seu traseiro ao lado dele. Era Park Eun-soo, cuja maneira de se vestir havia se tornado mais leve devido ao clima quente.
Eun-soo olhou para a tela do celular de Hyewon e notou as mensagens que se alinharam unilateralmente em uma conversa de chat. Ela balançou a cabeça e estalou a língua. Aos olhos de Eun-soo, esses dois estavam muito, muito frustrados. Em todos os sentidos.
—Amigo, ele está na sua casa. Relaxe um pouco.
—Ele não está se sentindo bem hoje, então estou preocupado.
—Sério? Não admira que Mihee esteja xingando muito desde de manhã. Ela nem me deixou abraçá-la.
—…
Então Eun-soo sorriu e olhou para o exuberante canteiro de flores na frente deles. As árvores, que estavam nuas até recentemente, agora estavam verdes, frondosas e emitiam uma sensação bastante veranil. O tempo frio se transformou em um sol escaldante e era difícil encontrar um vento frio mesmo no final da manhã. Poderia-se dizer que era um verão perfeito.
E depois de um tempo, Dohan finalmente enviou uma resposta.
Im Do-han: «Estou melhor. (・∀・)»
Assim que recebeu a mensagem, Hyewon suspirou e agiu como se estivesse realmente aliviado. Até seu rosto ficou diferente. Eun-soo, que olhava alternadamente para o rosto de Hyewon e para a tela do celular brilhante em seus dedos, não conseguiu conter seus lábios cerrados quando disse:
—É incrível como você é tão malditamente óbvio e mesmo assim Im Dohan não percebe seus sentimentos por ele.
Diante das palavras de Eun-soo, Hyewon rapidamente ajustou sua expressão para tentar passar despercebido. No entanto, a mulher balançou a cabeça tantas vezes que ele pensou que ela queria torcer o pescoço. Embora ele e Hyewon tivessem um relacionamento bastante próximo, era irônico que não conseguissem ver o coração tão transparente que Eun-soo conseguia reconhecer com apenas um olhar. E adivinhando um pouco a razão, poderia-se dizer que era porque os dois haviam estado juntos por tanto tempo e se acostumado a agir assim um com o outro. Presos no preconceito de “apenas amigos”, eles não conseguiam se olhar nos olhos e nem imaginavam que se tratava de um relacionamento que precisava de mudanças. Para Eun-soo, que era uma terceira pessoa nessa história, o amor dos dois era claramente visível e ainda assim…
—Até quando vocês vão ficar assim? Se você gosta tanto dele, não esconda.
Hyewon não disse nada. Na verdade, era algo entre os dois e para Eun-soo, que era apenas uma amiga, não precisava se importar minimamente com isso. Mas ela estava vivendo tão de perto que sua cabeça estava prestes a explodir. Afinal, todos os problemas deles poderiam ser resolvidos com uma única frase “eu gosto de você” dita em apenas um segundo, mas eles arrastaram isso por tantos anos que a frase estava cravada em seus peitos.
Antes de conhecer Dohan pessoalmente, Eun-soo estava observando e confortando Hyewon, que não conseguia se confessar, porque pensava que era unilateral e impossível. Mas quando ela viu a maneira como agiam juntos, tudo se tornou tão ridículo que ela tinha vontade de dar um soco nos dois.
Na opinião de Eun-soo, ambos precisavam de um ponto de viragem para avançar. Uma urgente.
—Diga, o que você faria se Im Dohan me envolvesse com um Omega ou casasse um dia?
Hyewon, que tinha fechado a boca firmemente, não disse uma palavra sobre isso. Mas sua expressão deu uma resposta bastante definitiva. Seu rosto redondo, que parecia tão sereno como de costume, escureceu em um piscar de olhos.
—Apenas confesse! Mesmo que você não ache que ele também te ame, é melhor conversar e ver o que acontece em vez de ficar parada no mesmo lugar só porque é confortável. Por favor, por favor, por favor, Hyewon-ah. Me escute e diga isso de uma vez por todas porque você está me irritando.
“É frustrante”, ela disse. Mas, na realidade, a pessoa que estava se sentindo mais frustrada do que qualquer outra pessoa no mundo inteiro era Hyewon. Não, na verdade, poderia ser que ele estava na sua zona de conforto agora. Dado que esse longo amor não correspondido tinha existido por tanto tempo, as ânsias que pareciam estar envoltas em sua respiração agora estavam tão seladas que ele podia suportá-las.
—Olha, vou te dar um conselho. Se for difícil de dizer, simplesmente chegue e dê um beijo nele.
—… Ah. Isso…
As palavras de Eun-soo lembraram Hyewon da noite anterior. A figura de Dohan, gemendo e xingando, o calor derretendo suas frias pontas dos dedos e a expressão ligeiramente distorcida enquanto ele dizia que “queria mais”. Tudo, desde o suave toque de seus lábios até o áspero sopro que tocou sua orelha, ganhou vida como se tivesse acontecido há apenas alguns segundos. Hyewon cobriu a boca com as costas da mão, sentindo a febre repentina subindo à cabeça. E embora o dorso branco de seu pulso cobrisse sua boca, não conseguia cobrir o rosto, que agora estava completamente vermelho. Na verdade, seus dedos brancos e bochechas vermelhas contrastavam tanto que parecia prestes a explodir em mil pedaços. Os olhos de Eun-soo se arregalaram diante da reação inesperada de Hyewon.
—Hyewon… Sério!? —Eun-soo, que era esperta e observadora, percebeu a mudança em um instante. Hyewon rapidamente endureceu seu rosto e tossiu para acalmar o calor que subia às suas bochechas, mas os olhos da mulher já estavam semicerrados. —Sério!? Vocês são idiotas ou o quê?”
—Hey, calma…
—Não! Isso me deixa irritada! Vocês podem transar mas não podem se confessar um ao outro!?”
—Hmm… Não, é só que… Dohan estava muito bêbado e cometeu um erro.
—Idiota! O que diabos há de errado com vocês dois!?
—É que… Foi só sexo. Não é necessário amar um ao outro para…
—Oh, meu Deus. Kang Hyewon, eu estou prestes a cometer um crime de ódio contra você! Estou prestes a te dar um soco então… É só que…! Como…!? Aaaaah!!
Eun-soo puxou o cabelo, então seu rabo de cavalo estava incrivelmente bagunçado agora. Era como se os dois estivessem babando, sem se mexer, embora houvesse uma mesa cheia de comida que dizia “Sirva-se à vontade, meu amor”!
—Olha… Estou surpresa que você e Dohan ainda estejam definindo o relacionamento que têm como apenas amizade.
—É só que…
—Pare de dizer ‘é só que’ como um idiota e escute! Você vive na Coreia?
—…?
—Na Coreia, você chama alguém que faz o que você faz com Dohan de amigo!? Não invente desculpas! Olhe para o cara! Não importa o quão bêbado ele esteja, ele não iria dormir com você só por causa disso! Eu sou sua amiga e não andamos por aí nos beijando. Você está é mesmo tão estúpido?
—Ok, fale mais baixo.
Quanto mais Eun-soo refletia e pensava sobre isso, mais alta sua voz ficava, indo além da frustração e até mesmo do ressentimento. Embora não fosse sua relação, ver o amor não correspondido de Hyewon começou por curiosidade e interesse em observar o que aconteceria depois, no entanto, foram muitos anos para deixar isso como um simples hobby. Eu venho acompanhado essa história mais de perto do que qualquer outra pessoa! Tenho todo o direito de ficar brava! Caramba!
Eun-soo cruzou os braços e ergueu o queixo.
—Acho que vocês dois precisam de ajuda. Estão tão acostumados com a presença um do outro que não querem quebrar esse título sem sentido de amigos. Vocês têm medo do vai acontecer a seguir. Têm medo de perder o hábito e ter que mudar suas vidas de ‘encontros casuais’ para ‘um namoro de verdade’. Vocês são dois covardes.
—O meu medo é que ele vá embora! Entenda.
—Então nunca vai acontecer nada!— Eun-soo deu um tapinha nas costas de Hyewon. —Seja corajoso! Vá em frente e diga que o ama. Faça algo para mudar a situação ou tudo vai continuar do mesmo jeito. O amor não é assim.
Embora as rachaduras tivessem começado a se formar, o solo foi coberto repetidas vezes e compactado de maneira uniforme e firme. Ambos estavam sacudindo o chão, mas eles continuavam a preencher os buracos, mesmo quando Eun-soo queria que se tornassem uma onda sísmica que abalasse os prédios.
Eun-soo suspirou e balançou a cabeça pela terceira vez. Então ela se levantou.
—Você realmente tem medo de perder Im?
—Muito.
—Bem, você quase morreu uma vez, sabia? Ele quase te perdeu e… tudo por quê, sério? Se continuar assim, acho que esta pode ser sua última chance. E então você não poderá mais reclamar.
E como se estivesse perplexa pelo silêncio que se seguiu por um momento, Eun-soo afastou o cabelo, bagunçado como uma crina de cavalo, com a mão e saiu sem dizer mais nada. Mas mesmo depois que ela entrou no hospital, Hyewon permaneceu sozinho por muito tempo, refletindo sobre as palavras que Eun-soo havia deixado para ele. Na verdade, ela estava certa. Conforme Hyewon e Dohan começaram a viver juntos, ficou mais difícil esconder seus sentimentos ou as coisas que queria fazer com ele. Ele era originalmente ganancioso, então, uma vez que recebesse algo, um gostinho de qualquer coisa, ele iria querer mais e mais e mais até ficar farto. E assim que colocou a mão sobre ele, se inclinou para buscar seu calor e então quis consumi-lo completamente. Mesmo esquecendo que sempre teve medo de que seus sentimentos fossem descobertos, não hesitou nem por um segundo em olhar para o rosto dele dormindo ou em aproximar seus lábios dos dele para beijá-lo.
Hyewon ergueu a cabeça e olhou para o céu. As palavras de Eun-soo ainda ecoavam em seus ouvidos, então ele pensou que certamente não poderia ficar parado agora. Costumava dizer que um relacionamento físico simples estava de bom tamanho, mas não era mais assim. Hyewon queria misturar seus sentimentos com os dele, não apenas seus corpos. Queria dizer que o amava com os dedos enterrados em seu cabelo, e beijá-lo enquanto o via se espreguiçar em sua cama todos os dias. Desejava estar com ele, não apenas por alguns minutos, mas pelo resto de sua vida…
Quando Hyewon se levantou, descobriu que sua mente estava animada e que seus passos já sabiam para onde ir. O rosto de Dohan brilhava em sua mente.
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Continua….