Pontos de sutura - Capítulo 41

—Então, o que você acha de sairmos de férias? Você está dentro?

Foi o que Mi-hee disse no exato momento em que entrou para trabalhar.

—Desde quando você está tão interessada em sair? Sempre fica em casa como se fosse um enfeite. Aconteceu alguma coisa?

—As pessoas mudam, Dohan. Vamos lá! Se você fosse o mesmo homem de sempre, teria ficado empolgado e dito que era uma boa oportunidade para caçar.

—… Eu não faço mais isso.

—Eu não faço mais isso.

Mihee imitou sua voz, cutucou-o de leve com os dedos e o encarou nos olhos. No entanto, exatamente como disse, se ele fosse o mesmo homem de antes, teria dito que definitivamente iria com ela, porque para ele, as férias eram ótimas para conquistar novas presas. Era apenas que, desta vez, ele realmente não estava com vontade.

Mihee riu e disse “eu não faço mais isso” “eu não faço mais isso.” Uma e outra vez até que não teve outra escolha senão jogar um frasco de cápsulas na cabeça dele. Não havia jeito. Ele realmente não queria fazer aquilo e não planejava sair. Afinal, ele estava envolvido em uma história de amor esmagadora, então para que serviria a caça, a paquera, o mar e o sol escaldante quando ele não podia dizer à única pessoa em sua vida com quem se importa genuinamente o quanto morria por ela?

—Simplesmente vá para a sua cama, ligue o ar-condicionado, mergulhe os pés em um balde e vá dormir.

—Vamos, você tem que ir. Vamos lá! —Apesar da recusa firme e impiedosa de Dohan em não sair de férias com ela, Mi-hee persistiu: —Dohan. Nós não viajamos juntos nem uma vez desde nossa formatura na universidade! E isso já faz mil anos.

—Hahaha, sim. Quando fomos à praia e passamos o dia todo deitados na areia.

Com suas palavras, Dohan lembrou da viagem de formatura distante de alguns anos atrás. Devido à natureza do Departamento de Enfermagem, onde todos os cargos eram decididos antecipadamente, eles costumavam brincar, abraçar-se e dizer que seriam os últimos momentos de liberdade que teriam pelo resto de suas vidas.

Isso era realmente verdade.

—Então? Sabe de uma coisa? Também podemos convidar o Kang. Você gostaria que ele fosse conosco?

—… Kang Hyewon também pode ir?

Dohan, ainda balançando a cabeça em negação, repetiu o nome que saiu da boca de Mi-hee como se estivesse bastante surpreso que ela o mencionasse.

—Claro. A agulha precisa estar com sua linha. O médico também merece uma pausa de vez em quando.

—Não há pessoal suficiente para cobrir as operações.

—Será apenas um fim de semana. Aproveitamos o dia em que ele estiver livre e voltamos na noite seguinte.

Dohan pensou por um momento. Bem, ele se divertia sempre que tinha tempo livre, mas Kang Hyewon era o tipo de pessoa que nunca tirava um descanso. Exceto, é claro, para as tarefas domésticas, dormir ou basicamente para as ações necessárias para continuar vivendo.

—Então está decidido, certo?

Mi-hee estava sorrindo porque, assim que disse “Kang Hyewon”, o rabo de Dohan começou a se mexer de um lado para o outro.

—Sim… Parece divertido.

Além disso, agora que pensava nisso, ele e Hyewon não tinham feito nada que os fizesse sentir como se estivessem tendo… um encontro. Depois de começar a trabalhar, sempre parecia que o hospital era tudo o que eles tinham de certeza.

—Para onde vamos?

—Não muito longe. Bem, é verão e faz tempo que não vejo o mar, que tal a praia? Eun-soo conseguiu um lugar.

—… O quê? Wow, espera, Eun-soo também vai?

Quando o nome da médica apareceu, Dohan virou-se e a olhou como se perguntasse “É uma piada?” Mi-hee encolheu os ombros como se fosse algo bastante natural.

—São férias com amigos. Hyewon vai, provavelmente também Byung, você, ela e eu.

—E desde quando vocês duas se tornaram tão próximas?

—Bem, há coisas que só podem ser ditas entre mulheres.

Nos últimos dias, ele as via frequentemente juntas em todos os lugares, sussurrando, conversando, abraçando-se, dando tapinhas uma na outra. Era assustador! Como se Park Eun-soo quisesse assumir a posição que Dohan originalmente tinha para ela. O papel de amigo que era inocente, brincalhão e alegre. E se ela ia estar grudada como chiclete com sua melhor amiga e com o homem que ele gostava, então estava tudo bem.

—Entendi.

—Alguém que conheço disse que tem uma pousada para estudantes. Podemos ficar lá.

—… Vou verificar minha agenda primeiro e te digo.

—Você já tinha dito que sim! Nem você nem eu tivemos um descanso adequado. Você até ficou doente. A praia vai ser ótima!

—Eu realmente não gosto dela.

Dohan já tinha confirmado sua participação no momento exato em que foi tentado com a palavra “Kang Hyewon”. Mas quando se afastou devido ao nome de Eun-soo, Mi-hee arregalou os olhos e cutucou Dohan novamente com os dedos.

—Está brincando? Desde quando Im Do-han se tornou tão seletivo?

—Como assim seletivo!? Só…, eu não gosto dela, ok? Se você gosta, tudo bem. Ótimo para você. Só me deixe…

—Eu não estou perguntando! Vá, pegue suas malditas coisas e convide o estúpido Kang Hyewon ou eu vou pessoalmente e os arrastarei pelos cabelos! Vamos para a porra da praia e vocês vão gostar! Já temos a hospedagem, o veículo, não. Vocês não vão estragar nossos planos!

—Ah, tudo bem. Tudo bem, por que está tão nervosa hoje? Maluca.

Kim Mi-hee se comportou de maneira bastante agressiva, então Dohan se apressou em arrumar suas roupas depois que ela agarrou seu jaleco e se pendurou no tecido como se fosse um macaco. Afinal, ele estava preocupado porque os vestígios deixados por Hyewon ainda não haviam desaparecido completamente.

—Eu vou! Eu vou! Você… está me sufocando. Está me sufocando é sério! Argh!

—É melhor mesmo!

Obviamente, ele disse isso para que ela não o matasse, mas a verdade era que ele também não estava pensando que seria tão ruim passar um final de semana ao lado de Hyewon. Na verdade, ele estava realmente animado para estar com ele. Juntos. Na praia. Seminus. Ah. Até seu coração começou a bater loucamente.

—Nem mesmo as crianças pequenas agem assim.

Dohan gentilmente esfregou seu peito e murmurou para si mesmo. Seus batimentos cardíacos não estavam tão loucos como antes, mas havia uma sutil tensão no ar. Uma sensação de excitação que não o deixava em paz.

Um bater de porta.

Depois da agitada operação e limpeza da qual ele teve que participar, Dohan saiu da sala de cirurgia apenas para encontrar Hyewon, que aparentemente estava ocupado lavando as mãos.

O homem encostou as costas na parede e ficou meio de lado enquanto observava Hyewon esfregar os dedos com uma escova. E quando parou de tentar passar despercebido e tossiu para chamar sua atenção, Hyewon suavemente virou a cabeça em sua direção e imediatamente olhou nos olhos dele.

—Oi. Você está ocupado?

—Tenho que cuidar de toda a operação sozinho. Você está se sentindo melhor?

—Sim.

Embora fosse óbvio apenas olhando o nome do cirurgião escrito na disposição da sala de cirurgia, ele comentou isso só porque queria… estar ao seu lado.

—Que bom.

Por um momento, os olhares de Dohan e Hyewon se encontraram até um ponto em que ele sentiu o calor subir pelo seu rosto. Seu coração estava batendo loucamente novamente e, com os lábios trêmulos e a vergonha que não conseguia esconder, Dohan virou a cabeça e deu umas batidinhas no ombro do médico com toda a palma da mão:

Nesse momento Hyewon disse: — …Você vai me fazer uma massagem antiestresse ou algo assim?

Hyewon parecia muito cansado de seu turno, então até o aborrecimento em sua voz ficou evidente quando ele levantou as mãos e começou a limpar a espuma amarela do Betadine.

—Claro, será um serviço especial e cortesia do departamento de enfermagem. É uma operação muito longa?

—Um pouco. Me dê duas horas e te convido para comer.

—Bem, na verdade eu… queria… Se eu falasse sobre um final de semana de folga, o que você diria…?

—Eu adoraria ir com você.

Quando Dohan perguntou sobre a viagem que Mi-hee havia sugerido, e até mesmo antes de dizer que esperava que pudessem ir juntos, Hyewon notou o significado interno de sua pergunta e respondeu “que adoraria”. Dohan riu.

—Eu não te pedi para irmos juntos.

—Não, mas ainda assim eu quero ir se isso significa estar junto com você.

Depois de uma pausa momentânea diante das palavras de Dohan, Hyewon balançou a cabeça e respondeu como se fosse a coisa mais casual do mundo. E por causa disso, o rosto do enfermeiro ficou corado e os dedos dos seus pés começaram a tremer até mesmo dentro de seus Crocs. Dohan tentou diminuir a importância da situação novamente:

—Hahaha, você está completamente louco.

—Talvez esteja, mas acho que graças a você eu acabei percebendo…

—… Ah?

Hyewon levantou os cantos dos lábios e sorriu para ele. Isso foi realmente um sorriso! Mas Dohan de repente ficou tão incrivelmente nervoso com isso que, em vez de aproveitar a situação para fazer algum movimento ou algo do tipo, ele se virou e rapidamente se afastou na direção oposta. Para bem longe dele. Levantou os braços para cobrir o rosto e caminhou mais rápido enquanto ainda ouvia o som da água na pia e a voz de Hyewon perguntando se “estava tudo bem”. Dohan tinha muitas coisas para dizer a ele, mas exatamente agora ele não conseguia nem olhar para trás sem sentir que ia desmaiar.

Ele era o mesmo, mas Kang Hyewon estava agindo de forma estranha. Claro, no passado ele sempre estava pronto para ouvir em silêncio cada uma de suas exigências irracionais e até mesmo atendê-las instantaneamente, mas agora ele parecia tão acessível que Dohan não conseguia olhar diretamente em seus olhos sem querer morrer. Quer dizer, por alguma razão até mesmo as pupilas brilhantes do homem pareciam conter muito… carinho. Havia algo suave e afetuoso ali, como quando ele tocou seus lábios naquela noite ou quando fizeram amor.

—Por que você está fazendo isso de repente? Eu vou morrer, eu vou morrer, eu vou morrer…

Dohan esfregou o rosto com as duas mãos repetidamente até começar a doer.

Embora talvez ele já estivesse morto.

***

—Professor!

Dohan, que havia retornado à sala de descanso apenas para ficar sentado, sem expressão facial e com o olhar perdido direcionado para a parede, foi despertado por uma mão que começou a sacudi-lo loucamente.

Como um garoto que tinha se apaixonado pela primeira vez, o rosto sorridente de Hyewon começou a aparecer tanto em sua mente que ele respondeu por reflexo:

—Sim.

—Professor… Por que está tão perdido? Aconteceu alguma coisa?

—O quê? Ah, é você, Hee-jae.

—Sim, infelizmente sou apenas Hee-jae, professor. —Hee-jae sorriu com a atitude visivelmente desapontada de Dohan. —Você está diferente ultimamente.

—EU?

—Sim. Tem estado muito quieto e calado.

—Isso é um elogio ou algo ruim?

—Hahaha, não sei. Às vezes te vejo tão perdido. Você sabia que correram boatos de que estava gravemente doente? Não quero ser intrometido, mas disseram que tinha câncer.

Mas que merda!

—Não. Eu não tenho câncer.

Dohan, que já tinha experimentado isso através de Hyewon, cortou suas palavras imediatamente sem dar qualquer explicação.

De fato, desde que Hee-jae entrou no hospital, sempre via Dohan indo de uma ala para outra, rindo e conversando com especialistas ou enfermeiras que tinham a mesma idade que ele. Obviamente, agora estar sentado em uma cadeira e fazendo uma cara de estúpido, isso não estava ajudando em nada os boatos sobre ele.

—Professor, por acaso conseguiu um parceiro? Esse é outro boato que circula na recepção.

Com a pergunta inesperada de Hee-jae, Dohan não respondeu facilmente e em vez disso, apenas arregalou os olhos para o dobro de seu tamanho e olhou ao redor como se quisesse se certificar de que ninguém mais estava ouvindo. E em resposta à sua reação, Hee-jae apenas riu.

—Opa, quem é?

—Eu não disse nada!

—É alguém do mesmo hospital? —Dohan tentou dar desculpas, mas a expressão de Hee-jae estava ficando muito eufórica por alguma razão. —É uma mulher?

—Não é isso, eu já te disse.

As sobrancelhas de Dohan se levantaram até o céu. Primeiro, porque era terrivelmente vergonhoso e segundo, porque na verdade não era algo da conta de ninguém. No entanto, mesmo que não fosse uma verdadeira ou convencional história de amor, quando pensava nele, os sorrisos começavam a brotar de sua boca da forma mais sincera possível e ele não conseguia parar de sorrir ou de olhar para o nada.

A expressão de Dohan se distorceu, mas Kim Hee-jae apenas o encarou nos olhos com um pouco mais de curiosidade do que no início:

—Bem, mas não se preocupe muito… É que estou preocupado com você.

Dohan também o encarou. De repente, até mesmo passou pela sua mente que Hee-jae não poderia ser o único preocupado com suas mudanças de humor.

—Ei Hee-jae. Posso perguntar uma coisa? Já que estamos no assunto… Bem, o que poderia significar se… Alguém de quem eu… gosto, fica de repente muito amigável? Tipo, mais gentil ou… Mais acessível.

—Ahá, eu sabia que ia por aí!

Olhando o sorriso despreocupado de Hee-jae, Dohan removeu as emoções de seu rosto por um momento e perguntou algo que o deixava certamente muito preocupado. O estudante pensou por um momento, suspirou e sorriu tão gentilmente como de costume.

—Hum, eu acho que depende do contexto. Às vezes, há pessoas que são amigáveis sem pensar. Há bondade sem motivo.

Assim, ele recebeu uma resposta plausível e compreensiva. Dohan assentiu com a cabeça. Porém, Hyewon tocando seu rosto enquanto ele dormia, comendo muito rápido para poder alcançá-lo em seu tempo livre e, acima de tudo, como há pouco, olhando para ele com um lindo sorriso quando nunca o fez, era algo que normalmente faria com que ele entrasse em pânico e pensasse de forma errônea. Quer dizer, não parecia algo de amigos.

—A atitude entre nós não mudou muito, mas, nos últimos dias, hoje… Sinto que está diferente. Sabe, essa pessoa me dá um sorriso do nada ou diz algo estranho só para ver minha reação e depois… Age como se nada tivesse acontecido. Ou é o que eu penso.

—Hmm… Talvez ela esteja testando as águas.

—Como assim, testando?

—Bem, já que você anda dizendo por aí: ‘Eu não quero um namorado!’ o tempo todo, talvez ela sinta que não pode expressar seu interesse tão… Abertamente. Entende?

—…

—Bom, mas obviamente vocês estão flertando. Isso é fofo.

—Você acha?

Uau, Kang Hyewon estava tentando flertar comigo? Poderia ser possível? Dohan ficou olhando para a parede com uma expressão bastante perplexa. Foi como levar um golpe na cabeça com um martelo. Por um momento, sua testa começou a pulsar tanto que até seu pescoço ficou rígido.

—Você acha que essa pessoa…? Acha que ele também gosta de mim? Será que é realmente um flerte?

—Eu acho que sim. Quero dizer, acho que essas situações são sempre diferentes para cada pessoa, mas se eu fosse essa pessoa, faria assim. Ficaria um pouco assustado, sentiria vergonha, mas… Tentaria me aproximar aos poucos para ver se sou bem recebido.

—Oh, você parece um especialista, Hee-jae. Tem uma namorada?

—Não tenho. Não preciso de uma para dar conselhos!

Hee-jae respondeu com um grito à sua pergunta, que estava envolta em uma sutil desconfiança.

—Estou apenas dizendo o que vejo. Quando você abre a boca, só diz coisas como ‘Não preciso de um relacionamento’ ou ‘só preciso de sexo’. E se ouviu você dizer isso, então deve estar insegura sobre o que fazer ou não fazer, entende?

Quanto mais profunda era a conversa, mais desaparecia o sorriso do rosto de Dohan. As comissuras de seus lábios, que sempre estavam levemente curvadas de maneira brincalhona, se abaixaram como se ele estivesse prestes a bater a cabeça novamente em qualquer coisa que tivesse na mão.

—Talvez você devesse falar honestamente sobre o que sente e perguntar se essa pessoa tem dúvidas.

—Eu não sei. Isso também me deixa um pouco nervoso porque… Bem, ele é um Beta. Um Ômega e um Alfa podem se vincular, mas o que acontece nesta situação? Sem isso… Sinto que ele pode me abandonar, sabe? Pode ir embora quando quiser e isso não vai importar. Então… estou com medo.

Dohan cuspiu seus verdadeiros sentimentos. Ele não poderia fazer isso com Hyewon, porque era de quem ele gostava, e não poderia fazer isso com Mi-hee, porque era constrangedor conversar sobre isso com alguém tão próximo, mas sentiu-se bem em desabafar com Hee-jae, que era seu colega de trabalho e aluno. Havia coisas que podiam ser explicadas mais facilmente quando a outra pessoa não o conhecia completamente.

—Bem… Mesmo um Ômega e um Alfa não têm nada garantido. Há alguns deles que não permanecem com a pessoa com quem se vincularam. Beta, ômega ou alfa, nada garante que o amor dure, ou que o relacionamento funcione, nem que permaneça o mesmo. Acho que as preocupações são as mesmas para todos.

Hee-jae às vezes parecia um pouco imaturo devido à sua idade, mas havia momentos em que era desnecessariamente perspicaz. Naquele momento, ele lembrou do momento em que Hyewon se afastou dele. Claro, ele não sabia os detalhes, mas descobriu que o homem desapareceu porque estava doente. Embora isso não signifique que não possa acontecer novamente. Como sempre, ele pensava que se uma vez foi difícil, duas seriam insuportáveis. E se Hyewon desaparecesse novamente? Teria que esperar até que nos encontrássemos novamente algum dia? Nos cumprimentaríamos com o mesmo sorriso, como se nada tivesse acontecido, e começamos do zero? Dohan negou com a cabeça diante da súbita dúvida. Aos olhos dos outros, ele poderia parecer um idiota que flertava sem parar, mas sempre andava atrás de Hyewon como um filhote de cachorro. Para começar, antes do homem ir embora, ele queria que ambos usassem jaleco e trabalhassem no mesmo hospital como médicos, mas ele não tinha um grande espírito de sacrifício para alcançar isso se Hyewon não estivesse lá com ele. Seus sonhos sempre eram despertados por Kang Hyewon, então nada mais fez sentido depois que o homem desapareceu. Ele não queria fazer nada, nem mesmo queria se mover. O assento que Hyewon deixou vazio era tão grande que parecia estar parado em um deserto o dia todo. Ele ria bastante, fazia piadas e tentava se divertir, mas se sentia vazio por dentro, enterrado em um buraco tão grande que parecia ter engolido tudo o que ele tinha.

Dohan apoiou a testa em suas mãos. Na verdade, não importava muito se o homem era um Beta ou um Ômega, ele só tinha medo de perder Kang Hyewon novamente. Tinha medo de que ele escapasse mais uma vez se dissesse algo errado, então agiu de forma covarde, escondendo suas emoções, mas, na verdade, sempre estava circulando ao redor dele como um satélite que queria, mas não conseguiu encurtar a distância. E certamente já estava um pouco cansado disso.

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Continua…